A história se passa na fictícia Asa Branca, um retrato do Brasil, com suas vantagens e mazelas. Asa Branca vive em função de um falso mito: o milagreiro Roque Santeiro (José Wilker), que teria morrido como mártir defendendo a cidade do bandido Navalhada (Oswaldo Loureiro). Quando o bando de Navalhada invade Asa Branca, todos os habitantes fogem, apavorados, menos Roque Santeiro – assim chamado por modelar santos de barro. Ele desaparece, e é dado como morto. Logo após o incidente, uma jovem à beira da morte consegue sobreviver e diz que o rapaz aparecera para ela em uma visão. A notícia se espalha, e Roque, tido como salvador da moça, é santificado. A população de Asa Branca chega a erguer uma estátua em homenagem ao herói e passa a lhe atribuir curas e milagres. “Viva Roque Santeiro!” é a frase mais ouvida em Asa Branca.

Quem também se vê ameaçado com o aparecimento de Roque é o poderoso fazendeiro da região, Sinhozinho Malta (Lima Duarte), pois pressente que sua relação com a pretensa “viúva” Porcina (Regina Duarte) corre perigo. Incentivada por Sinhozinho, Porcina – que sequer conhecia Roque – criara a mentira de que fora casada com o santeiro e acabou se transformando em um patrimônio da cidade. Na realidade, Porcina é uma mulher ambiciosa, extravagante e nada casta. Por conta dessa mentira, Roque acaba tendo que se hospedar na casa de sua suposta mulher, despertando o desejo da “viúva”.

A chegada de Roque Santeiro também atinge em cheio a vida de outra moradora de Asa Branca: Mocinha (Lucinha Lins), a verdadeira noiva de Roque. Mocinha nunca se conformou com o desaparecimento do noivo e esperou por seu amor, mantendo-se casta. Ao revê-lo, sua paixão reascende e ela se enche de esperança. Filha do prefeito de Asa Branca, Florindo Abelha, e da beata dona Pombinha (Eloísa Mafalda), Mocinha é cortejada pelo soturno professor Astromar Junqueira (Rui Rezende).

Asa Branca ainda se vê agitada pela equipe de cinema que chega à cidade para filmar a história de Roque Santeiro. Para completar a agitada rotina de Asa Branca, um mistério desperta a curiosidade de toda a população: quem é o lobisomem que aparece nas noites de lua cheia e ataca as mulheres da cidade?
A versão de 1985 teve 111 dos 209 capítulos escritos por Aguinaldo Silva.